Neste sexto dia de nosso novenário de Santa Rita, encontramos Jesus que dialoga João, um dos seus discípulos (Mc 9,38-40).
João, um dos irmãos que têm o apelido significativo de "filhos do trovão" (Mc 3,17), interpela Jesus acerca de sua tomada de posição porque alguém expulsava demônios em nome de Jesus.
João, e com ele, toda a comunidade discipular, aparece intolerante e sectário, mais preocupado com a expansão e sucesso do grupo do que com a realidade em jogo, isto é, o exorcismo em nome de Jesus.
Jesus, tem atitude oposta, demonstra certa simpatia e confiança no uso do seu nome, mesmo se usado simplesmente numa fórmula de conjuro por um exorcista estranho ao grupo, talvez judeu.
Por que este breve diálogo é importante para o evangelho de Marcos? Que significado vem a ter? Qual ensinamento está por trás da atitude e palavras de Jesus?
No comportamento de Jesus, encontramos uma fresta e uma primeira aproximação à comunhão salvífica com Jesus. Jesus é tolerante, é ecumênico, é católico.
A catolicidade, o ecumenismo, a tolerância de Jesus são as bases, as premissas para libertar a comunidade dos discípulos do sectarismo mesquinho, hermético e introverso.
O fechamento, a atenção maior sobre o grupo do que sobre a obra da salvação: um problema vivo já ao tempo de Jesus; um problema vivo em nosso tempo; um problema vivo no grupo religioso da cidade umbra de Cássia.
Horas difíceis impostas a mulher que, porque tendo sido casada, não era do grupo e, por isso, não deveria estar naquela casa de virgens. Mas, embora, tenha conhecido a intolerância e o sectarismo de algumas suas companheiras, o que apaixona Rita é a tolerância e o ecumenismo de Jesus.
"Horas difíceis", podem ser quantitativamente superiores aos "segundos fáceis", mas a paixão por Cristo, nos faz compreender que qualitativamente tudo isto é subvertido: um "segundo de rosas", em Deus, são infinitamente superiores a uma "hora de estigmas".
Rita compreendeu isto. E nós? Queremos compreender o mesmo? Respondamos, na fé, com um "sim". Amém!
Sede nossa protetora e advogada, ó Santa Rita, bem-aventurada...
Pe. Abimar Moraes
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