segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bento XVI: Religião ajuda a formar uma forte personalidade.

O Papa Bento XVI recebeu nesta sexta-feira, 5 de maio, na Sala Clementina, no Palácio Apostólico Vaticano, os embaixadores da Etiópia, Malásia, Irlanda, Ilhas Fiji e Armênia que apresentaram suas cartas credenciais. O Pontífice renovou o apelo aos Estados para que garantam a liberdade religiosa e valorizem o patrimônio cultural e religioso. 

— A religião nos permite reconhecer o outro como irmão na humanidade. Dá a possibilidade de todos conhecerem a Deus, com plena liberdade, ajuda a formar uma personalidade forte interiormente que nos torna capazes de ser testemunhas do bem, destacou o Papa.

Bento XVI disse ainda que para reforçar as bases humanas da realidade sócio-política é preciso estarmos atentos também a outro tipo de miséria: aquela causada pela perda de referência aos valores espirituais, pela perda de Deus. 

O Papa dirigiu ainda um pensamento particular aos jovens que, na busca de um ideal, se voltam a paraísos artificiais como as drogas e o consumismo. Assim, advertiu que quanto mais cresce a pobreza, mais falta o amor. 

A globalização nos torna mais próximos, mas pede também que sejamos mais atentos aos que sofrem, disse o Santo Padre. Em seu discurso, o Papa destacou as dificuldades enfrentadas por tantos povos como a pobreza e pediu que toda comunidade internacional enfrente, com justiça e solidariedade, tudo aquilo que ameaça o homem, a sociedade e o meio ambiente. 

— O êxodo para as cidades, os conflitos armados, a fome e as doenças que afligem tantas populações crescem dramaticamente junto à pobreza. A crise econômica mundial, reconhecida com amargura, levam sempre mais famílias a uma precariedade crescente, salientou o Pontífice.

A solidão cresce por causa da exclusão, reforçou o Papa. Para ele, quando a miséria coexiste com uma grande riqueza, nasce uma impressão de injustiça que se tornar fonte de revolta. 

— É agora oportuno que os Estados façam com que as leis sociais não favoreçam as desigualdades, mas permitam que cada um viva de modo decente, acrescentou. 

Segundo o Santo Padre, é importante que as pessoas necessitadas tenham um reconhecimento social. Ele adicionou que o desenvolvimento das nações deve olhar as pessoas em sua integridade e não somente o crescimento econômico.

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