Homilia: Pe. Wagner Toledo
Evangelho de São Mateus 8, 5-11
Inauguramos um novo tempo, um novo ano para
nós, em que o chamado à preparação, à manifestação do Senhor, não é mais o
nascimento porque Jesus, Ele já nasceu, mas a manifestação D´Ele em nossa vida,
sobretudo nessa perspectiva muito bonita de que esse tempo nos oferece, que
além de recordar o nascimento no tempo, a entrada de Cristo na história, mas
sobretudo de aguardamos sua manifestação no final dos tempos, o grande Natal, o
grande Maranathá, que devemos então estarmos todos preparados para essa chegada
do Senhor, para esse grande dia, esse feliz dia e que ninguém pode de maneira
alguma ficar, então, desprovido das vestes para a grande festa que Ele deseja
oferecer a todos nós. E como hoje nessa nossa segunda feira iniciando nossa
jornada de trabalho, a luta, nosso corre-corre que aumenta por ser o mês de
dezembro, as dificuldades, o nosso trânsito no centro da cidade, tudo nos leva
a uma adrenalina maior, mas que não podemos perder o foco: a nossa conversão
pessoal, a cada dia, a cada momento. E o evangelista Mateus, ele hoje apresenta
para nós a grande necessidade de que nesse tempo preparatório em que nós todos
estaremos imbuídos na realização da novena de Natal, seja em casa com a
família, seja com nossos amigos de trabalho, outros até mesmo sozinhos irão
rezar, mas um dado muito importante: a necessidade de reconhecer que sozinho
não consegue realizar tudo. O evangelista hoje mostrou e chegou mesmo a
afirmar, esse homem que procura Jesus, ele era um Oficial Romano, um militar,
já era de uma patente alta, ele disse possuir lá os seus servos, os seus
escravos, isso e aquilo, mas diante daquela situação de paralisia, de um dos
seus empregados ele se viu completamente impotente, sem nada poder realizar, ou
seja, que dinheiro pode recuperar uma saúde? se a saúde física já não tem como,
que dirá, então, comprar a saúde de nossa alma? Então temos de pensar nessa
vertente, se vamos nos afogar em tantos afazeres, em tantas coisas, vamos nos
preocupar com tantas outras coisas secundárias, ou achar que nosso Natal não
será bonito e feliz porque estamos endividados, não conseguimos resolver a
reforma da casa, ou não poderemos comprar os presentes, isso e aquilo, é isso o
importante? é esse o foco? ou saber que
quem tem o poder, quem tem a graça de nos doar toda benção é Ele, o grande
esperado, então nós temos de reconhecer e dizer: "Senhor eu não sou digno
de entreis em minha morada", de reconhecer que nós somos limitados, a
nossa indigência, e essa indigência passa pela nossa dificuldade de
relacionamento, da nossa convivência no dia a dia de nossa vida, no seio de
nossa família, no meio de nossa comunidade, no nosso ambiente de trabalho,
temos de aproveitar esse clima que agora vai tomando conta de toda sociedade,
desse clima de harmonia, e fazê-lo permanecer sempre, estimular mais ainda o exercício da caridade, que a
ajuda, o socorro, a solidariedade deva ser uma constante em nossa vida, para
que essa vigilância ela se torne já na celebração constante do Senhor que está
em nosso meio e que tem o poder de nos curar, que com uma única Palavra de nos
dar a libertação. É o grande tempo de alegria, é o tempo da festa e nós já
estamos celebrando com diversas comunidades as confissões comunitárias. Esse é
o momento de dizermos ao Senhor que entre em nossas casas, que Ele realize os
milagres que tanto necessitamos, que começa a partir de nossa conversão
pessoal, de nossa confissão, da nossa reconciliação com o Senhor. É a grande
semana da Imaculada Conceição, aquela que o pecado não tocou, aquela que não
tem laço com o pecado, e nos inspira também a rompermos com o mal e a vivermos
segundo os ensinamentos de seu filho, Jesus.
Padre Wagner Toledo
Pároco Matriz de Santa Rita - Centro - RJ
Agrademos ao Jose Augusto pela Contribuição.
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