segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dom Roque é sagrado Bispo Auxiliar.

Fé e entrega a Deus foram sentimentos que marcaram a ordenação episcopal do novo Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza, realizada neste sábado, 23 de junho, na Catedral de São Sebastião. A Celebração teve como ordenante o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que comemorou seu natalício nesta mesma data, e contou com a presença do Bispo Auxiliar Emérito do Rio de Janeiro Dom Assis Lopes e do Bispo Diocesano de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso. Participaram também os demais Bispos Auxiliares do Rio de Janeiro, vigários episcopais, sacerdotes, diáconos e seminaristas, e também autoridades civis e militares.

Dom Roque, que exercia o seu ministério como pároco na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, também era reitor do Seminário São José e capelão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O novo Bispo Auxiliar foi recebido carinhosamente por amigos e paroquianos, que encheram a Catedral de afeto e admiração por Dom Roque.

Ao iniciar a Celebração, Dom Orani saudou os presentes e disse que aquele era um momento de festa e de fé, em que era visível a ação do Senhor no meio de todos. Dom Orani lembrou que, a partir de agora, a Arquidiocese do Rio de Janeiro pode contar com um Bispo Auxiliar para cada Vicariato e louvou a Deus pelo “sim” de Dom Roque à nova caminhada.

Durante o Rito de Ordenação, a bula de eleição foi lida pelo pároco da Igreja Nossa Senhora da Paz, Monsenhor Manuel Vieira, que estendeu a todos os presentes a mensagem escrita pelo Papa Bento XVI. Logo em seguida, Dom Orani deu inicio à Homilia e destacou a missão do Bispo em levar a Boa Nova de Jesus Cristo aos fiéis. O Arcebispo ressaltou o trabalho árduo que é realizado na Arquidiocese do Rio de Janeiro e agradeceu à generosidade do Santo Padre Bento XVI por ter concedido um Bispo Auxiliar para cada Vicariato.

— “A Messe é grande e os operários são poucos” (Mt, 9, 35-10, 5a). Pode parecer que pelo fato de termos, a partir de hoje, sete bispos auxiliares, temos uma quantidade muito grande, mas, na realidade, nós pedimos ao Santo Padre a sua solicitude de nos conceder um bispo que acompanhe cada Vicariato. São sete Vicariatos e agora teremos sete auxiliares, que além dos vários trabalhos pastorais, das várias missões que desempenham para toda a Arquidiocese, cada um acompanha um Vicariato. Louvamos a Deus e agradecemos ao Senhor por mais esse dom que nos é dado na nossa Arquidiocese. Em média, cada bispo auxiliar acompanha aproximadamente um milhão de pessoas, dos quais 70% são católicos, contando também os padres, diáconos, agentes de pastoral, nessa missão de acompanhar e, ao mesmo tempo, ter uma caminhada comum em nossa Arquidiocese, já que ela compreende toda a cidade do Rio de Janeiro, disse.

À luz do Evangelho de São Mateus, Dom Orani ressaltou que, a partir de agora, Dom Roque passa a servir a Jesus de uma maneira ainda próxima e cabe a ele levar essa missão adiante, assim como fizeram os apóstolos.

— Louvamos a Deus por Dom Roque, que, como lembra a leitura primeira, tem tantos dons e tantas qualidades e que, a partir de agora, passa a servir à Igreja de Deus no Rio de Janeiro para levar adiante a missão de Jesus, do Cristo Ressuscitado, como apóstolo. Vimos no Evangelho a necessidade de Jesus em fazer com que a Messe fosse evangelizada e, ao mesmo tempo, a nomeação dos 12 apóstolos. Dom Roque passa a ser um daqueles que Ele escolheu para estar mais próximo e servir à Messe, que tanto necessita, afirmou.

Após a Homilia, o Bispo eleito foi interrogado por Dom Orani quanto à fé e à futura missão. Em seguida, enquanto o escolhido de Deus para esta nova missão estava prostrado, foi a vez de a Igreja inteira cantar a Ladainha dos Santos e Santas. Continuando o rito, foi realizada a imposição das mãos e a prece de ordenação. Nesse momento, em silêncio, Dom Orani, seguido de todos os bispos presentes, impôs as mãos sobre Dom Roque. O Livro dos Evangelhos também foi imposto, aberto, sobre a cabeça do novo bispo e assim foi feita uma oração.


Por fim, Dom Orani ungiu a cabeça do novo Bispo e entregou a ele o Livro dos Evangelhos, a mitra, e o báculo. O Arcebispo também colocou o anel no dedo anular da mão direita de Dom Roque, como símbolo da fidelidade à Igreja, esposa de Deus. 





“Sim” à vida e ao episcopado 


Diante de tanta demonstração de carinho dos fiéis, Dom Roque afirmou que sem Graça de Deus nada é possível e lembrou todo o carinho e apoio que recebeu da sua família ao longo de sua caminhada dentro da Igreja, em especial o “sim” à vida dado por sua mãe, quando ele ainda estava em seu ventre: 

— Agradeço a Deus pela minha família. Obrigado mãe, por dizer “sim” à minha vida (...). O sim corajoso dessa mulher possibilitou eu estar aqui hoje, e ela também. Os médicos diziam que nós não resistiríamos, mas ela disse sim. E ela, mais do que ninguém, saberia dizer se era um filho ou não. Obrigado, mãe, agradeceu Dom Roque, que lembrou também do seu pai, já falecido, e de seus irmãos.


Dom Roque Costa Souza nasceu aqui mesmo no Rio de Janeiro, aos 19 de agosto de 1966, quinto filho dos seis do casal Nelson e Maria José. Depois da formação em nosso Seminário foi ordenado sacerdote junto com dez outros companheiros no dia 18 de junho de 1994. Ele escolheu como lema de seu episcopado o texto bíblico “Fratres in unum”, que recorda sua vida dedicada a formar comunidade tanto nas paróquias como no seminário, assim como a busca de viver em unidade com a igreja arquidiocesana e universal.

Dom Orani também foi homenageado. O pastor, que nesse dia 23 completa 62 anos, recebeu presentes dos seminaristas do Seminário São José.

Fratres in Unum

Emocionada com a ordenação do filho, a senhora Maria José Costa Souza afirmou que era difícil colocar em palavras tamanha felicidade:

— É uma emoção e uma grande alegria. Quando o meu filho me disse que queria seguir a vocação sacerdotal, todos nós demos muito apoio a ele, afirmou.

Catequista da Paróquia Santo Cristo dos Milagres, Selma Souza lembra de Dom Roque quando ele ainda estava na catequese. Para ela, o novo Bispo Auxiliar vai trazer para a Arquidiocese do Rio de Janeiro um sangue novo:

— Eu vejo nele um sangue novo. Tenho certeza que a chama do Espírito Santo vai fazer com que Dom Roque traga ideias novas, coisas novas. É disso que a Igreja está precisando. Tenho certeza de que ele vai cuidar de tudo o que lhe for designado com muito zelo porque não foi ele que escolheu, foi Deus quem o escolheu e confiou a ele essa missão, opinou.

O pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Grajaú, Monsenhor Jorge Aziz, desejou que Dom Roque continue sendo uma figura presente junto ao povo de Deus e aos membros do clero.

— A vida dele foi uma benção de Deus e é com muita alegria que nos reunimos hoje para a celebração de sua ordenação episcopal. Que Deus o abençoe e que ele seja realmente um pastor, seja sempre amigo do povo santo de Deus, dos sacerdotes. Que tudo que ele fizer faça sempre para a glória de Deus e para o bem da Igreja, finalizou.