sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pastoral do Menor: ação evangelizadora da Igreja

Neste dia 13 de julho, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 22 anos, representando um importante marco e uma quebra de paradigmas da realidade infanto-juvenil, no que tange à garantia dos direitos e à proteção integral de tantas crianças e adolescentes nascidos em território nacional. Também engajada nessa luta, a Pastoral do Menor acompanhou o ECA desde a sua criação e se baseia em algumas das diretrizes do Estatuto para continuar o seu trabalho de valorização dos jovens e, ao mesmo tempo, evangelizar através de ações nas áreas da saúde, esportes e inclusão social.

Através do ECA, crianças e adolescentes ganharam o direito ao desenvolvimento e deixaram de ser vistos apenas como um objeto de ações de terceiros. Agora eles têm o direito de crescer, brincar, estudar, ter acesso às políticas públicas e, principalmente, o direito à proteção, como consta logo no primeiro artigo do Estatuto. À luz desses princípios, a Pastoral do Menor trabalha na perspectiva da promoção de uma cultura de paz e pela defesa de crianças e adolescentes. Segundo a assistente social da Pastoral, Regina Leão, é função da pastoral incentivar a promoção humana.

— A gente, aqui na Pastoral, busca, ao mesmo tempo, dar um processo informativo, mas também trabalhar a perspectiva da promoção humana, da evangelização, dos valores, dos princípios. Então, não adianta termos um excelente adolescente se ele não domina as suas relações interpessoais e pessoais. O nosso trabalho é exatamente isso: fazer com que essa família possa se fortalecer e que esse convívio familiar e comunitário possa ser cada vez de uma forma mais amorosa, afetiva, integrada, mais participativa, de forma que ele saiba onde estão os seus direitos, mas também onde estão os seus deveres, afirmou.

Criada pelo então Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugenio Sales, a Pastoral do Menor é voltada para jovens de baixa renda e possui 22 pólos de desenvolvimento comunitário que atendem às mais de 100 comunidades do Rio de Janeiro. Segundo Regina, esses jovens querem ser ouvidos e querem se mostrar cada vez mais participativos.

— Através da capilaridade da Igreja, temos uma penetração muito grande nas comunidades e, dessa forma, os jovens podem, efetivamente, contar com mais um apoio nas questões voltadas para a sua vida do cotidiano, seja na perspectiva de evangelização, ou na promoção humana com acesso aos direitos. (...) Não podemos chegar às comunidades com “o pacote fechado”. Os jovens também querem opinar, eles querem pensar, eles querem propor: o que é muito interessante, esclareceu.


Regina ressaltou algumas iniciativas da Pastoral do Menor, como o trabalho junto ao Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil e os Pólos de Inclusão Digital. Ao lembrar chacinas, como a da Candelária, Regina afirmou que a Pastoral busca trabalhar pela cultura da paz.

— Por cultura de paz entende-se que é necessário respeitar as diferenças. A violência é gerada através da falta de diálogo. É preciso saber que você, ao ajudar o outro, está também se ajudando; então, o tempo inteiro a gente tenta trazer essas questões à tona. Se estamos aqui, temos uma missão. O Evangelho é muito claro quando diz: “não faça com o outro o que não queres que faça a ti mesmo”, ponderou.


Dessa forma, há 28 anos, a Pastoral do Menor se mantém ativa na promoção de direitos sociais e humanos e estimula a inserção de adolescentes na sociedade, oferecendo a eles alternativas concretas para o desenvolvimento.

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